A imensidão do mar guarda uma variedade incomparável de vida. Alguns dos peixes mais saborosos e apreciados do mundo certamente são marinhos, além de verdadeiros gigantes, que garantem muita adrenalina e luta na hora de fisgar.

A pescaria de praia dá um gosto da busca por peixes de água salgada sem exigir muito. É um programa interessante para quem quer aumentar as atividades de férias e começar a conhecer a pesca no mar.

Para começar a praticar a pescaria de praia com propriedade, que tal falarmos das condições ideais antes? Olha só:

Condições ideias para a pescaria de praia

Pescando a partir da praia ou dos costões, você precisa garantir os pontos ideias, afinal, no mar, existem muitos espaços pouco ocupados por peixes, que têm hábitos itinerantes especialmente na busca pelo calor.

A rebentação das ondas costuma criar pequenas valas, os chamados lagamares, onde os peixes que gostam de se aproximar mais da areia pelo calor ou pela alimentação preferem repousar.

Escolher o local ideal para o lançamento vai fazer toda a diferença. Apesar de não ser tarefa fácil nem para muitos veteranos, um jeito de identificar o lagamar é observar onde existe o melhor volume de espuma na quebra da onda.

Se estiver pescando dos costões de pedra, a coisa fica um pouco mais fácil, já que as pedras acumulam musgos, que alimentam as presas dos peixes, além de pequenos naufrágios.

O horário ideal para fazer sua pescaria é no comecinho da manhã, com o Sol nascendo. Os peixes que vêm até a costa brasileira gostam de um calor maior, e com as ondas mais amenas do nascer do dia a sua pesca vai ser muito mais produtiva.

Mas atenção, o protetor solar, o chapéu e os manguitos são obrigatoriedade em qualquer hora do dia!

Certamente você deve escolher as faixas menos frequentadas por banhistas, já que a aglomeração afasta os peixes e você também não deve assumir o risco de acertar alguém com chumbo ou anzol enquanto pesca, não é mesmo?

Escolhendo o equipamento para pescar na praia!

Equipamentos

Esse certamente é o ponto que mais preocupa os pescadores da água doce. Vara de pescar e molinete são os mesmos em todo lugar, certo? Bem, sim, mas existem dois argumentos importantes na hora de escolher uma vara mais longa, em torno de 3 metros:

  • Com uma vara de pescar mais longa e um molinete de maior capacidade, você vai ter arremessos mais longos e mais precisos;
  • Com uma vara de pesca longa, quando estiver apoiada no suporte, vai ser bem mais fácil identificar o que é um puxão de peixe e o que é apenas o movimento das ondas;
  • O apoio de vara vai ser fundamental para se pescar com tranquilidade a partir da areia, um suporte simples em PVC já é um grande adianto no seu dia de pesca.

Iscas:

Caixa de Iscas
Pescador com sua caixa de iscas na praia

Agora, na hora de escolher as iscas, é importante variar. Tenha um conjunto de iscas artificiais, mas não exagere no tamanho: os peixes mais gigantescos estão no alto mar. Lembre-se: com uma isca grande se pesca apenas peixes grandes, com uma isca pequena, peixes grandes e pequenos.

As iscas muito grande vão ser facilmente roubadas pelos peixes pequenos. E falando em iscas, as naturais fazem muito sucesso. Entre elas, o camarão costuma ser a mais popular, e você pode usar viva ou morta, de preferência do mesmo mar em que vai pescar.

A lula é outra ótima isca, fácil de encontrar e com ótima fixação no anzol.

O corrupto também é ótimo e prático de se encontrar. Maioria dos pescadores de praia leva junto um tubo de PVC com bomba de sucção para puxar a areia onde a onda rebenta e capturar sua isca na hora. Como é mais mole, vale a pena ter uma linha emborrachada para fixar ao anzol.

Linha:

Tenha alguma variedade na bitola das linhas. Para formar o nó líder da vara e a linha do carretel, linhas leves e médias facilitam no arremesso e também na hora de cansar o peixe, dos 18mm a 30mm você terá a taxa de conforto ideal.

Já para o chicote da linha, as bitolas médias, em torno de 50mm, vão deixar o movimento da isca mais natural, evitando que afundem muito.

Para lidar com a variedade de bitolas, trabalhar com nós, picar iscas e liberar peixes, é fundamental um canivete com ponta multifuncional, preferencialmente em carbono ou aço damasco.

Quais peixes de água salgada vou encontrar?

Pescador segurando dois peixes

Isso é bastante relativo ao período do ano e região do Brasil. Nos costões é possível encontrar baiacus, olhos de boi e outros peixes de cardume, como a anchova.

Pescando a partir da praia, a tendência é encontrar peixes que apreciam os crustáceos que se enterram na areia. Os papa-terra são muito comuns nas áreas mais rasas. As corvinas rendem uma boa diversão na hora da luta. Durante a primavera e o verão, os robalos vão ser fáceis de encontrar por quase toda a costa brasileira.

O linguado é um peixe muito buscado, que apesar da aparência estranha, tem uma carne incrivelmente saborosa e rende boas emoções, assim como o pampo, que é um dos grandes ícones da pescaria de praia.

Depois da pescaria, para acertar na hora do churrasco conte com uma faca profissional para o corte e não deixe de conferir nossos guias especiais para limpeza de peixespeixe na brasa! A pescaria de praia é cativante para quem curte a areia, e conforme pegar o jeito, você certamente vai querer voltar sempre para visitar o mar!

Aqui no blog da Cutelaria CIMO você encontra mais uma série de publicações sobre pescaria e outros esportes da natureza, continue nos acompanhando para ler tudo em primeira mão!

Sobre o autor

Junior Dorigatti

Junior Dorigatti

Junior Dorigatti é engenheiro, diretor industrial e sócio responsável pelo desenvolvimento de produtos na Cutelaria CIMO

Especializado em design de produto, o autor trabalha a mais de 20 anos com cutelaria, desenvolvendo mais de 100 projetos de produtos e aplicações no ramo. Entre os seus conhecimentos, a ampla experiência em cutelaria é o destaque - desde detalhes técnicos que vão do tratamento térmico ao design das lâminas.

O autor também conhece as etapas de fabricação de canivetes e facas, desenvolve temas sobre como escolher e identificar o uso correto das lâminas de facas e canivetes, além de fomentar novas tecnologias e inovações da cutelaria.

Para amadurecer o setor de cutelaria nacional, está disposto a fornecer ótimas informações sobre as mais diversas áreas do tema que vão do uso às diferenças dos produtos.

Junior Dorigatti