Se você gosta do mundo dos rodeios, o Team Roping é uma prática que você precisa conhecer. Essa modalidade também pode ser chamado de “Laço de dupla”, dois peões tentam laçar um novilho em menor tempo possível.

Uma pessoa da dupla é responsável por laçar a cabeça enquanto o outro as patas traseiras, e eles são chamados, respectivamente, de cabeceiro e pezeiro.

Para uma boa prova a saúde, desenvolvimento e treinamentos com os cavalos são essenciais. Dessa forma é possível conseguir um melhor desempenho na pista.

Além disso, é necessário muitos treinos com a dupla para entrarem em sintonia e desta forma conseguir harmonia nos movimentos da laçada, fazendo a prova em menor tempo possível.

Continue a leitura para aprender mais sobre esse tipo de montaria!

Como surgiu o Team Roping?

Essa prática surgiu na década de 60 no Oeste da Califórnia com os vaqueiros que tocavam o gado. É uma modalidade adaptada da rotina nas fazendas, na qual o laço duplo era utilizado para capturar e conter animais grandes, o que uma pessoa apenas não consegue fazer. Desde então, o team roping se desenvolveu até chegar aos laçadores importantes, tornando-se um esporte reconhecido e bem pago.

Ainda nos anos de 60, ele começou ser inserida nos rodeios e ser apresentada como um novo esporte, com os irmãos Reg, Leo e Jerrold Camarillo como os primeiros nomes de referência do Team Roping. Já na década de 70 aparecem nomes como Jake Barnes e Clay O’Brien Cooper que levaram para as pistas um novo estilo de laço.

Em 1980 surgiu uma necessidade de implementar um sistema de handicap (mecanismo de apostas) no team roping, já que a modalidade não crescia como esperado e essa foi a forma de incentivo encontrada. Com a implementação, duas grandes empresas, American Computer Team Roping Association na Califórnia e a Texas Roping Association, trabalharam juntas para criar sistemas de handicap.

Já no Novo México, em 1988, começaram a utilizar o sistema de handicap, mas com objetivo de criar um esporte lucrativo para os competidores. Assim, parte do dinheiro das apostas seria para os competidores. Isso seria o principal motivador por trás do Team Roping.

Alguns anos depois, em 1992, essa prática foi publicada pela primeira vez em uma revista, exibindo os campeões, mostrando sobre o laço para mais pessoas. O Team Roping, tornou-se uma prática que não pode faltar nos rodeios, com eventos que chegam a pagar 13 milhões de dólares.

A história do Laço no Brasil

O Team Roping no Brasil teve o seu começo em Presidente Prudente, chamado também de ‘Capital do Laço’. A cidade possui uma rica história e contribuições para esse esporte no país. Lá foi adquirida uma área de dez mil alqueires em 1955, que veio a se tornar a Sociedade de Adestramento do Cavalo Rural (SACR), conhecida como Rancho Quarto de Milha. 

Na década de 70, o rancho reuniu as provas que já aconteciam na região para realizar as provas, como os três tambores, seis balizas e laço comprido. Logo a frente, também começou a desenvolver ainda mais a infraestrutura para os animais e a arena coberta, que após um tempo, tornou-se a maior da América Latina, sendo referência no esporte.

Assim, com toda estrutura, o Rancho Quarto de Milha colaborou intensamente na difusão do laço em dupla no Brasil. Os primeiros cursos começaram a ser realizados, e ofereceram treinamentos com professores e domadores americanos, fazendo com que o Team Roping se popularizasse.

Em 1975 a chegada do treinador de Laço Bob Seels trouxe maior desenvolvimento do esporte equestre brasileiro. Ele introduziu técnicas mais aprimoradas de Laço Individual e estimulou a prática do Team Roping no país.

Por conta dessa grande contribuição nas atividades e treinamentos de Laço, Presidente Prudente ficou conhecida como a Terra do Laço. A cidade possui uma grande quantidade de pistas de Team Roping e outras atividades relacionadas aos esportes típicos de rodeios. 

O rancho Quarto de Milha é um grande nome para o esporte no Brasil, conta com inúmeros nomes importantes no mundo do laço, como Lucinei Nunes Nogueira (Testa) e seu filho Lucinei Nunes Nogueira Júnior, que em 2016 foi campeão do All-Around PRCA.

cavaleiro laçando touro

 

As regras do Team Roping

Para que o Team Roping seja praticado, é necessário entender as regras que compõem esse esporte. A primeira regra é que o esporte precisa ser praticado em dupla, um pezeiro, o peão que laça as patas traseiras, e um cabeceiro, o peão que laça a cabeça.

O cabeceiro se posiciona ao lado esquerdo do brete onde sai o animal. Assim que o novilho for solto, o montador sai em seguida para a laçada.  Caso esse peão queime a largada e saia antes do animal, a dupla recebe uma penalidade de 10 segundos no tempo final. 

O pezeiro sai do lado direito do brete box e, assim que a cabeça é laçada, ele laça as patas traseiras do novilho. Se o pezeiro laçar apenas uma para do boi, a dupla também recebe uma penalidade de 5 segundos no tempo final. A prova feita em menor tempo, ganha a competição, por isso deve se atentar para que os peões não infrinjam as regras e sejam prejudicados.

Como praticar Laço em dupla?

Se você quer começar no Team Roping o primeiro é entender que esse esporte requer muito treinamento para desenvolver as habilidades necessárias para a prática. Para iniciar essa atividade é necessário:

1. Contrate um instrutor

Para iniciar o aprendizado, é indispensável que um profissional de conhecimento de Team Roping acompanhe esse processo. Ele irá ensinar as técnicas adequadas e dicas, assim garantindo maior segurança nessa etapa. 

O treinamento pode ser feito com cavaletes, para que assim aprenda os princípios básicos da laçada e dos movimentos. Dessa maneira a preparação poderá acompanhar o seu desenvolvimento pessoal, sem apressar nenhum processo e nem colocar o atleta em risco.

2. Adquira equipamentos necessários 

Para a prática do Team Roping, são necessários alguns equipamentos para a atividade em si e para a segurança, como:

  • Corda: para a laçada;
  • Luvas: para proteger as mãos e não queimá-las;
  • Skid boot: para garantir a proteção dos cavalos contra lesões;
  • Protetor para os chifres: para evitar queimaduras aos animais.
  • Canivete: as facas são essenciais para após a laçada cortar a corda do animal.

Aqui na Cimo, contamos diversos modelos de canivete de alta qualidade para um corte rápido e eficiente.

cela no cavalo

3. Seja amigo do cavalo

É essencial que haja um bom relacionamento entre o animal e o peão, porque há uma troca de confiança interferindo diretamente para um desempenho, segurança e bem-estar maior para os dois.

O relacionamento fortalece uma comunicação mais eficaz com o cavalo. Além de demonstrar ao animal a preocupação e carinho necessários.

mulher cuidado de cavalo celado

 

O Team Roping é um esporte que necessita de treinamentos e tempo para se desenvolver e melhorar as habilidades, por isso, é importante ter paciência e buscar sempre se aprofundar e conhecer mais sobre essa prática, como participar de eventos de Laço. Esse é um esporte emocionante que traz raízes nas tradições rurais e de rodeio.

Acompanhe o blog da Cimo para aprender mais sobre esportes equestres, vida no campo e mais!

 

Sobre o autor

Junior Dorigatti

Junior Dorigatti

Junior Dorigatti é engenheiro, diretor industrial e sócio responsável pelo desenvolvimento de produtos na Cutelaria CIMO

Especializado em design de produto, o autor trabalha a mais de 20 anos com cutelaria, desenvolvendo mais de 100 projetos de produtos e aplicações no ramo. Entre os seus conhecimentos, a ampla experiência em cutelaria é o destaque - desde detalhes técnicos que vão do tratamento térmico ao design das lâminas.

O autor também conhece as etapas de fabricação de canivetes e facas, desenvolve temas sobre como escolher e identificar o uso correto das lâminas de facas e canivetes, além de fomentar novas tecnologias e inovações da cutelaria.

Para amadurecer o setor de cutelaria nacional, está disposto a fornecer ótimas informações sobre as mais diversas áreas do tema que vão do uso às diferenças dos produtos.

Junior Dorigatti