De todas as características que uma faca precisa ter, o fio de corte é o mais importante, no que diz respeito à utilização pelo usuário. Por trás de um corte impecável, limpo e preciso, existem diversos processos e técnicas que garantem a correta afiação do material.
Aliás, você sabe como funciona a afiação de facas profissionais? O procedimento envolve diversas etapas e o uso de materiais específicos para cada finalidade e tipos de faca, ou seja, facas para churrasco, cozinha, canivetes e cutelos são afiados de maneiras diferentes.
Pensando nisso, o blog da Cutelaria CIMO preparou um material explicativo sobre as principais técnicas e processos de afiação profissional, para que você fique por dentro do assunto.
Acompanhe a leitura e descubra, também, como entregamos o melhor da cutelaria e afiamos nossos próprios produtos! Veja só:
Como as facas profissionais são afiadas?
Você já deve saber, mas vale repetir: a afiação é um processo mecânico, no qual o aço em uma das pontas do produto é desbastado a uma espessura específica, o que gera o chamado “fio de corte”.
Quanto mais precisa a técnica, mais limpo é o corte da lâmina, isto é, maior a capacidade de deslizar sobre os materiais de forma uniforme, fácil e precisa. Além disso, uma faca afiada é um instrumento indispensável para o dia a dia na cozinha e no churrasco!
Tecnicamente, para que tudo dê certo, é preciso se atentar a algumas características fundamentais para que a afiação profissional seja bem sucedida:
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Qualidade da lâmina
Tão importante quanto a técnica utilizada, o material da lâmina é um dos fatores mais importantes para o sucesso não somente da afiação em si, mas também da estrutura, da resistência e da usabilidade do resultado final – seja faca, cutelo, canivete etc.
Por essa razão, investir em um produto fabricado com aço de extrema qualidade – carbono, inox ou damasco – e procedência é indispensável para se obter um equipamento potente e eficaz para as suas necessidades.
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Equipamentos utilizados
O segundo passo para se obter um fio perfeito é prestar atenção nos equipamentos utilizados para o procedimento. De forma geral, 3 equipamentos principais estão envolvidos na afiação profissional: a pedra de afiar, o motoesmeril e a chaira. Mais adiante, você conhece cada um deles com mais detalhes!
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Ângulo de aplicação
Por fim, na lista de características essenciais para uma boa afiação profissional é o chamado ângulo de aplicação – a angulação entre a lâmina da faca e o equipamento de afiação.
Cada tipo de instrumento de corte possui um ângulo diferente e, vale lembrar, que o cálculo inadequado desse posicionamento pode resultar em um fio irregular, ineficiente e causar o desgaste prematuro da sua faca ou semelhante.
Tipos de afiação – conheça cada um deles
Agora que você já sabe quais aspectos não podem ficar de fora da ação profissional, hora de entender como o procedimento acontece na prática! Para isso, separamos 2 técnicas mais ou menos indicadas para a afiação de facas profissionais:
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Afiação com pedra
Em primeiro na nossa lista está um dos processos mais rústicos para afiação de peças de cutelaria. Para a afiação com pedra é necessário somente o equipamento que, geralmente, é equipado com dois lados: um para restaurar o ângulo de afiação e outro para refazer a afiação.
Funciona da seguinte maneira: deve-se deixar a pedra de molho em água, para que a afiação seja mais eficiente e precisa. Feito isso, é preciso ajustar um ângulo de afiação (aproximadamente 15º) para cada lado da lâmina.
Com uma das mãos no cabo e outra na outra ponta da peça, faça movimentos contínuos por toda a extensão da lâmina, para criar o fio de corte. É importante manter o mesmo número de passadas em ambos os lados, para se evitar deformidades.
Por fim, basta remover rebarbas e dar os toques finais com uma chaira.
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Afiação com motoesmeril
Esse tipo de afiação costuma ser o método preferido, justamente por ser automatizado e mais preciso que a afiação com a pedra. O método consiste em utilizar um equipamento elétrico (motoesmeril) equipado com um rebolo (pedra circular específica para desbaste).
O uso do motoesmeril requer maiores cuidados que a pedra, por gerar faíscas e ser uma ferramenta elétrica. No entanto, os resultados são mais práticos que o procedimento anterior, especialmente no que diz respeito ao tempo de execução.
O processo com motoesmeril é muito parecido com o da pedra: é preciso posicionar a lâmina em um ângulo específico (30 graus) e certificar-se de que ambos os lados recebam o mesmo tratamento.
A diferença é a intensidade dos movimentos, que precisa ser cautelosa na ferramenta elétrica, uma vez que pode causar muito desgaste no produto final.
Afiação CIMO – conheça nossa técnica!
E então, ficou curioso para saber qual técnica utilizamos para a afiação das nossas facas profissionais? A Cutelaria CIMO é especialista no assunto e desenvolveu, ao longo de anos de experiência, uma técnica que combina o melhor dos procedimentos de afiação para os nossos produtos.
Para começar, todas as lâminas CIMO são feitas com controle rígido de qualidade desde a pré-afiação, em que utilizamos dois processos:
- Hollow grind: também chamado de “desbaste côncavo”, é um tipo de desgaste ideal para facas estilo caçador e sobrevivência;
- Full flat: mais tradicional, o “desbaste plano” é recomendado para facas de culinária e usos em geral.
Nossa técnica de afiação dá prioridade ao processo com motoesmeril e é dividida em 4 etapas, até a fase do polimento final da lâmina, que dá o aspecto vívido, brilhante e limpo aos nossos produtos.
Além disso, respeitamos os ângulos específicos de aplicação, o que acaba resultando em instrumentos mais precisos e eficientes.
- Facas profissionais: 24 graus;
- Canivetes: 27 graus;
- Facas de caça: 29 graus;
- Facões: 35 graus;
- Facas de cozinha: 23 graus.
Então, gostou do nosso conteúdo? Somos especialistas em cutelaria e produzimos os melhores equipamentos de corte da internet! Para saber mais sobre nossos processos e dicas úteis e práticas para todas as ocasiões, acompanhe nossas atualizações de conteúdo e visite nossa loja!
Até a próxima postagem!
Sobre o autor
Junior Dorigatti
Junior Dorigatti é engenheiro, diretor industrial e sócio responsável pelo desenvolvimento de produtos na Cutelaria CIMO
Especializado em design de produto, o autor trabalha a mais de 20 anos com cutelaria, desenvolvendo mais de 100 projetos de produtos e aplicações no ramo. Entre os seus conhecimentos, a ampla experiência em cutelaria é o destaque - desde detalhes técnicos que vão do tratamento térmico ao design das lâminas.
O autor também conhece as etapas de fabricação de canivetes e facas, desenvolve temas sobre como escolher e identificar o uso correto das lâminas de facas e canivetes, além de fomentar novas tecnologias e inovações da cutelaria.
Para amadurecer o setor de cutelaria nacional, está disposto a fornecer ótimas informações sobre as mais diversas áreas do tema que vão do uso às diferenças dos produtos.
