Para quem aprecia um bom corte de carne, sabe que a experiência vai muito além do preparo. Envolve textura, sabor, apresentação e, claro, um toque de exclusividade. É nesse universo que a carne de Wagyu se destaca. Famosa por sua maciez incomparável e marmorização única, ela é considerada por muitos uma verdadeira joia gastronômica.

Mas o que exatamente faz da carne de Wagyu algo tão especial? Quais são suas características, como prepará-la corretamente e por que ela vem conquistando tantos admiradores em churrascos e cozinhas sofisticadas? Hoje, vamos explorar tudo isso e mostrar por que vale a pena conhecer e saborear esse corte nobre.

O que é carne de Wagyu?

O nome Wagyu vem da junção de duas palavras japonesas: "Wa", que significa Japão, e "gyu", que significa boi. Ou seja, Wagyu é, literalmente, o gado japonês. Dentre as raças Wagyu, a mais conhecida mundialmente é a Kobe Beef, que segue padrões extremamente rígidos de origem e qualidade.

O que diferencia esse tipo de carne é a alta concentração de gordura intramuscular, conhecida como marmorização. Esses veios de gordura se espalham de forma uniforme pela carne, conferindo um sabor amanteigado, textura delicada e suculência fora do comum. É tão macia que, em muitos casos, literalmente derrete na boca.

Qual é a diferença entre Wagyu e Kobe Beef?

O Kobe Beef é uma das raças de Wagyu mais populares do mundo inteiro! Por isso, existem algumas diferenças entre esse corte e as opções mais tradicionais de Wagyu. Acompanhe abaixo mais detalhes sobre ambos os cortes!

Características

Wagyu

Kobe Beef

Origem

Qualquer carne bovina japonesa;

Carne de Wagyu, porém da região Kobe;

Qualidade

Varia de acordo com a classificação;

Da mais alta qualidade - entre A4 a A5;

Disponibilidade

Pode ser criado no Japão e em outros países;

Exclusivo somente de Kobe, Japão;

Raridade

Acessível, porém caro.

Raro e muito caro.

Neste caso, o Kobe sempre vai ser Wagyu, mas pode acontecer de o Wagyu não ser considerado um beef, pois precisa seguir especificações, como alto padrão de qualidade e ser criado especificamente nesta região do Japão.

Como escolher um bom Wagyu?

Se você deseja preparar um bom churrasco de Wagyu, o primeiro passo é escolher uma boa peça. Para isso, alguns cuidados são fundamentais. Acompanhe abaixo pontos que merecem sua atenção na hora da escolha da carne!

  • Verifique a classificação da carne: analise a classificação da carne de Wagyu, pois ela segue uma escala com base no marmoreio, na cor, na textura e na firmeza. O nível mais alto é o A5, que indica a excelência do corte e a faz perfeita para ser adquirida;

  • Observe o marmoreio: durante a compra, observe se a carne de Wagyu tem um bom marmoreio — uma aparência próxima ao branco. Se estiver com baixa quantidade, significa que a peça não está apropriada para o consumo e não vai estar com o sabor na medida certa;

  • Prefira carne importada de origem certificada: uma carne de Wagyu precisa possuir um certificado de origem para informar ao cliente a procedência e classificação! Por mais que no Brasil existam os criadores desse tipo de boi, a versão japonesa é muito mais valorizada devido ao sabor e à maciez do corte;

  • Escolha o corte ideal: selecione o corte, como bife ancho, contra filé, costela ou filé mignon, os quais são os mais populares por conta do sabor e dos estilos de preparos disponíveis. As alternativas são macias e possuem a quantidade certa de gordura e combinam com a grelha da churrasqueira ou o forno.

Aprenda a preparar o Wagyu da maneira certa!

Com o melhor corte em mãos, é hora de começar o preparo da carne. Para isso, você pode escolher entre prepará-la na churrasqueira, no forno ou na frigideira, escolhendo a opção que melhor atende às suas necessidades.

Para isso, trouxemos um passo a passo simples e prático de como preparar o Wagyu em cada uma dessas formas.

1. Como fazer Wagyu na churrasqueira

O preparo da carne de Wagyu exige atenção ao calor da brasa. O ideal é utilizar uma brasa média, para evitar que labaredas excessivas queimem a peça e comprometam sua textura delicada. Como se trata de uma carne extremamente macia, o cuidado no manuseio faz toda a diferença no resultado.

O tempero para o churrasco pode ser apenas sal grosso, respeitando o sabor natural da carne, e o tempo de grelha deve girar em torno de dois a três minutos de cada lado, suficiente para criar uma crosta dourada e manter o interior suculento.

Após grelhar, o ideal é deixar a peça descansar por até cinco minutos antes de servir. Esse intervalo ajuda a redistribuir os sucos internos, mantendo a maciez característica. Evite virar a carne com frequência; isso preserva sua estrutura e garante uma apresentação impecável, perfeita para ser apreciada com acompanhamentos à altura.

2. Como fazer Wagyu na frigideira

Ao preparar a carne de Wagyu na frigideira, a escolha do utensílio faz toda a diferença. Prefira uma frigideira de ferro bem quente, previamente aquecida, para garantir o selamento uniforme da peça. Devido ao alto teor de gordura natural do Wagyu, não é necessário adicionar óleo ao preparo — o excesso pode, inclusive, comprometer o sabor característico desse corte nobre.

Com o fogo em intensidade média a alta, grelhe cada lado por um a dois minutos, criando uma crosta dourada que preserva a suculência interna. Para finalizar com um toque de sofisticação, adicione um pouco de manteiga e ervas frescas, como alecrim ou tomilho.

Depois do preparo, é essencial deixar a carne descansar por alguns minutos, permitindo que os sucos se acomodem. Por ser uma carne delicada, o tempo de cocção é rápido. Portanto, o ideal é acompanhá-la de perto durante todo o processo, evitando distrações que possam comprometer a textura e o sabor.

3. Como preparar Wagyu no forno

Para preparar cortes maiores de carne de Wagyu, como costela ou prime rib, o forno pode ser um excelente aliado. O primeiro passo é pré-aquecer o forno a 120 °C, garantindo uma cocção lenta e uniforme. Antes de levar a peça à assadeira, sele-a rapidamente na frigideira — um minuto de cada lado já é suficiente para formar a crosta e preservar a suculência.

Uma vez no forno, o tempo pode variar entre 10 a 15 minutos, e o uso de um termômetro é fundamental para atingir o ponto desejado. Para quem aprecia uma carne ao ponto para mal, a temperatura ideal é 55 °C; ao ponto, 60 °C; e no ponto para bem, 65 °C.

Por se tratar de uma carne com sabor naturalmente marcante, o tempero deve ser sutil — apenas uma pitada de sal já é o bastante para realçar seu potencial. E claro: acompanhar o tempo com um cronômetro ajuda a garantir precisão e evita surpresas.

Acompanhamentos ideais para carne de Wagyu

Para tornar seu churrasco de Wagyu ainda mais especial, nada melhor do que apostar nos melhores acompanhamentos para churrasco! A seguir, trouxemos algumas opções simples e saborosas. Confira!

 

  • Saladas verdes com toque cítrico;

  • Batatas assadas com ervas frescas;

  • Cogumelos salteados na manteiga;

  • Farofa leve com castanhas ou ervas;

  • Arroz com amêndoas ou legumes.

Para bebidas, um vinho tinto encorpado (como um Malbec ou Cabernet Sauvignon) harmoniza muito bem, assim como uma cerveja artesanal do tipo Weiss ou Lager.

E para quem quer elevar ainda mais seus preparos, a Cutelaria Cimo está aqui para acompanhar cada etapa: do corte ao prato! Porque, no fundo, preparar carne boa é uma arte — e todo artista merece as melhores ferramentas.

Para isso, conte com nossos utensílios para churrasco, com opções de facas, tábuas e churrasqueiras que irão tornar seus churrascos verdadeiras experiências gastronômicas!

Sobre o autor

Junior Dorigatti

Junior Dorigatti

Junior Dorigatti é engenheiro, diretor industrial e sócio responsável pelo desenvolvimento de produtos na Cutelaria CIMO

Especializado em design de produto, o autor trabalha a mais de 20 anos com cutelaria, desenvolvendo mais de 100 projetos de produtos e aplicações no ramo. Entre os seus conhecimentos, a ampla experiência em cutelaria é o destaque - desde detalhes técnicos que vão do tratamento térmico ao design das lâminas.

O autor também conhece as etapas de fabricação de canivetes e facas, desenvolve temas sobre como escolher e identificar o uso correto das lâminas de facas e canivetes, além de fomentar novas tecnologias e inovações da cutelaria.

Para amadurecer o setor de cutelaria nacional, está disposto a fornecer ótimas informações sobre as mais diversas áreas do tema que vão do uso às diferenças dos produtos.

Junior Dorigatti