A profissão aos poucos foi se popularizando e hoje está em alta, especialmente aqui no Brasil, um dos países que mais consome churrasco em todo o mundo.

Pouco tempo atrás, o responsável por cuidar do churrasco em confraternizações, festas e reuniões familiares quase sempre era alguém da própria família, que acabava não aproveitando a ocasião – já que assar carne requer uma atenção para que não passe do ponto – e convenhamos, isso não é justo, por mais que a pessoa goste da função.

A partir disso, muitas famílias passaram a buscar por profissionais: os churrasqueiros!

A profissão tem ficado cada vez mais interessante e em evidência. Portanto, se você sempre se dispõe a cuidar da churrasqueira nas festas entre amigos e está buscando mudar de ramo profissional, venha conhecer um pouco mais sobre a profissão de churrasqueiro.

O que eu preciso saber sobre a profissão de churrasqueiro?

A função é uma derivação da profissão de chef de cozinha, pois o churrasqueiro também tem de lidar com suas habilidades culinárias. Preparar uma boa carne é uma arte, e e as expectativas das pessoas que irão desfrutar costumam ser alta.

Dentre as principais habilidades de um churrasqueiro estão: reconhecer uma bela carne para churrasco, prepará-la, amaciá-la, temperá-la e saber o ponto certo para tirá-la do fogo e servir. Ah e claro, ter ótimos utensílios para churrasco é outro ponto crucial!

Como escolher uma boa carne para churrasco?

O primeiro passo para se tornar um verdadeiro profissional é saber escolher e conhecer uma boa peça de carne. A começar pela picanha, um dos cortes mais nobres e mais pedidos por quem aprecia um bom churrasco.

A picanha é uma parte mais cara do boi, justamente por ser pequena. Uma peça inteira tem em média 1kg. Ou seja, se passar disso, pode ser que você esteja levando junto o coxão duro, que é a parte que fica ao lado.

A costela também é bastante comum nos churrascos. Mais fácil de escolher, você pode pedir já pronta para assar, direto do açougue, assim como a linguiça e o frango.

O contrafilé, sempre presente e bastante apreciado nos churrascos, é dividido em três partes: a capa, o centro e parte inferior. A capa de filé é a parte superior e uma das preferidas. O centro, que pode ser dividido em contra duplo ou rolha de bife, fica logo abaixo da capa. Do meio também é possível retirar a Bananinha, aquela carne presa ao osso da peça.

Outras partes retiradas do contrafilé são o entrecorte e o bife de chouriço. Tanto um, quanto o outro tem textura macia. Porém, o preparo é diferente. O bife de chouriço tem de ser assado com uma capa de gordura e o entrecorte deve ser assado limpo, sem gordura alguma.

A parte inferior da peça do contrafilé é conhecida como T-Bone, é a mescla do contrafilé, do filé mignon e da alcatra. Essas três carnes estão juntas, presas a um osso em forma de T – por isso o nome T-Bone. Trata-se de uma carne bastante saborosa.

Claro que existem muitas outras peças, não só bovinas, como suínas e de cordeiro, que apesar de serem menos comuns no churrasco também exigem conhecimento do churrasqueiro. A melhor dica é: estude! Estude sobre os cortes, sobre os tipos de carnes, como escolhê-las, enfim.

Torne-se um profissional diferenciado e bem entendido!

Carne com faca para churrasco - Cutelaria Cimo

Como preparar uma boa carne?

Para preparar uma carne de sabor agradável e macia é importante aprender algumas técnicas de amaciar e temperar. Há várias formas de amaciar: marinando, usando amaciantes e batendo na carne.

Para marinar, a maioria dos churrasqueiros utiliza cerveja, clara ou escura, depende da preferência do freguês. A cevada, o malte e o álcool da bebida possuem um alto poder de amaciar. Sem falar do sabor que agrega. Se preferir, também dá para usar suco de abacaxi. O tempo médio para marinar é de 15 a 20 minutos.

Outra opção é usar os próprio amaciantes de carnes industrializados, facilmente encontrados nos supermercados. Vale ressaltar que esses amaciantes, em grande parte, já contém um pouco de sal. Atenção aqui para não salgar a carne.

Depois de amaciar, é hora do tempero. O sal grosso já é suficiente. Mas, se quiser incrementar, dá para preparar um mix de temperos com manteiga, alho, chimichurri ou ervas finas, desde que seja usado nos cortes corretos. Alguns podem não combinar.

A picanha, por exemplo, fica incrivelmente gostosa somente com o sal grosso. O contrafilé cai muito bem com um mix de manteiga e ervas.
Mais uma vez repetimos: se especializar e estudar é sempre a melhor maneira para chegar à perfeição!

Quais são os instrumentos de trabalho do churrasqueiro?

Como todo profissional, o churrasqueiro também precisa ter seus instrumentos específicos de trabalho. Os itens indispensáveis para um bom churrasqueiro são as facas para churrasco, as chairas, os garfos e os pegadores.

Ter uma faca para churrasco revestida com aço de qualidade é essencial. Afinal, os cortes vão dizer muito sobre o seu perfil de churrasqueiro. Por isso, adquira uma faca profissional. A chaira é outro utensílio fundamental. Faca mal afiada não faz corte. Quando as carnes estiverem na grelha, você também irá precisar de um garfo para manipulá-la. E, por último, o pegador para que você possa retirá-la da brasa com segurança.

Esses são os artigos essenciais para que você faça um trabalho excelente. Lembre-se que a apresentação também conta. Mantenha seu espaço e seus utensílios sempre limpos e organizados e seja pontual com seus compromissos.

Depois disso, a resposta é: sim! Vale a pena investir na profissão de churrasqueiro! Você pode ser um profissional independente ou trabalhar em grandes churrascarias pelo Brasil. O campo de atuação é grande.

Para ficar por dentro de tudo o que envolve o universo churrasqueiro, não deixe de acompanhar o blog da Cutelaria Cimo. Temos muitas novidades te esperando!

Sobre o autor

Junior Dorigatti

Junior Dorigatti

Junior Dorigatti é engenheiro, diretor industrial e sócio responsável pelo desenvolvimento de produtos na Cutelaria CIMO

Especializado em design de produto, o autor trabalha a mais de 20 anos com cutelaria, desenvolvendo mais de 100 projetos de produtos e aplicações no ramo. Entre os seus conhecimentos, a ampla experiência em cutelaria é o destaque - desde detalhes técnicos que vão do tratamento térmico ao design das lâminas.

O autor também conhece as etapas de fabricação de canivetes e facas, desenvolve temas sobre como escolher e identificar o uso correto das lâminas de facas e canivetes, além de fomentar novas tecnologias e inovações da cutelaria.

Para amadurecer o setor de cutelaria nacional, está disposto a fornecer ótimas informações sobre as mais diversas áreas do tema que vão do uso às diferenças dos produtos.

Junior Dorigatti