Manter a vida em situações de risco é algo que exige de qualquer pessoa um preparo que vai além daqueles fornecidos pelos filmes de hollywood. As histórias sobre sobrevivência na selva são praticamente lendárias e bem elaboradas, por isso, carregam muitos mitos.
É bem verdade que muitas vezes o conhecimento geral ajuda em uma mata fechada, porém, precisamos desmistificar alguns pensamentos comumente propagados, pois eles podem te colocar em furada.
Portanto, se você planeja passar um tempo isolado em um acampamento selvagem ou se gosta de ideia de se preparar para situações hostis e desconhecidas, continue a leitura deste post.
Desmistificando os 4 maiores mitos da sobrevivência na selva
Em séries de televisão clássicas como Lost ou filmes tradicionais como O Náufrago, temos um clássico cenário hollywoodiano: personagens perdidos, em ilhas desertas, buscando formas de sobreviver.
Entretanto, assim como acontece na grande maioria das obras de ficção, as ideias disseminadas nesses filmes são meramente fictícias, não se aplicam na vida real. Porém, ainda assim, elas foram repetidas por tantas vezes que se tornaram verdadeiros mitos, lendas urbanas que podem colocar a vida de alguém em risco.
Vejamos então, quais são os maiores desses mitos e saber os motivos pelos quais eles não se aplicam:
Não há nada a vista para comer? Coma uma planta!
Esse mito se dá, basicamente, pela ideia de que plantas são saudáveis, possuem vitaminas e podem suprir nossas carências nutricionais. Sendo assim, se você ficar sem suplementos, ingerir uma planta pode parecer uma boa opção.
Porém, caso você realmente queria sobreviver, evite as plantas. Concordamos que, realmente, existem muitas espécies comestíveis e nutritivas, entretanto, em um ambiente desconhecido elas são verdadeiros perigos.
Podem ser venosas, podem causar alergias, dores e vômito. Por isso, dê preferência à caça de mamíferos, pássaros e – se possível – experimente sobreviver da pesca. Com certeza é uma opção mais viável.
Está com muito frio? Uma bebida ajuda a esquentar!
Bebidas alcoólicas já fazem parte do kit de sobrevivência de alguns aventureiros, de forma permanente. No entanto, muitos deles não levam esses artigos para a mata a fim de ter uma forma de relaxar durante o período de camping, levam para se esquentar.
Esse é um dos mitos mais comuns, afinal, o álcool possui a capacidade de expandir os vasos sanguíneos, o que faz com que o sangue seja bombeado mais perto da pele, dando a sensação de aquecimento quase instantâneo.
No entanto, da mesma forma como esse calor vem fácil, ele também vai fácil. Em pouco tempo todo o calor irá ser dissipado do seu corpo e a sensação térmica estará ainda menor, ou seja, o frio no final, será maior que no começo. Isso pode ser até perigoso.
Foi picado por uma cobra? Sugue todo o veneno!
Depois de muito tempo, esse mito começou a perder força. Principalmente porque muitas pessoas já acabaram ficando gravemente feridas ou até perderam a vida acreditando que o ideal é tirar o veneno do réptil o mais rápido possível, mesmo que seja com a boca.
Olhando de fora, não faz sentido nenhum sugar o veneno da cobra e acabar contaminando também a boca, invés de apenas o lugar da mordida. Entretanto, o mito abrange a ideia de que é preciso tirar o veneno de circulação antes que ele se espalhe.
Nesses casos, porém, o ideal a se fazer é limpar a ferida, se esforçar para manter os batimentos cardíacos bem baixos e buscar ajuda médica o mais rápido possível.
Deu de frente com um predador? Se finja de morto!
Essa é uma das cenas mais comuns e errôneas dos filmes e séries de ficção. Quantas vezes já vimos nas telinhas um animal selvagem passar ao lado de alguém, sentir o cheiro e, ainda assim, continuar seu caminho, ignorando totalmente o banquete?
Isso poderia até acontecer, porém, apenas se fosse o caso de uma fêmea defendendo os filhotes. Em qualquer outra situação, se fingir de morto não iria adiantar nada, o animal atacaria da mesma forma.
Para ao menos tentar se defender de um predador, a nossa melhor opção é sempre tentar parecer maior e mais intimidador que o animal. Use tudo o que você tem, roupas, objetos, seu corpo, sua voz.
Lembre-se de não olhar diretamente nos olhos do animal, pois pode soar como um desafio para ele e é a última coisa que queremos, certo? Com alguma sorte, pode ser que o animal fuja.
O que devo levar em meu kit de sobrevivência?
Isso não é um mito, mas sim uma verdade essencial: seu kit de sobrevivência deve ser absolutamente completo. Essa é a única forma de ter alguma vantagem em lugares completamente hostis.
Seu kit de sobrevivência pode ser super variado, pois irá depender da usabilidade e necessidades do local.
Mas, de forma geral, os requisitos básicos de um kit de sobrevivência são: Isqueiro, isca de fogo, pederneira, vela, manta térmica, talher articulado, apito, bússola, carvão vegetal ativado, kit pesca, luz química, sal/açúcar, purificadores de água e, claro, um canivete multiuso.
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